Vinicius de Morais tinha pavor de aviões. Ele sofreu um acidente num jurássico trator aéreo, um daqueles DC-3 dos tempos românticos da aviação. Ele não se machucou, mas o passageiro no banco à sua frente foi cortado ao meio pelo hélice que se soltou do motor. Não deve ter sido uma situação agradável.
Numa daquelas noitadas etílicas cariocas criou sua versão analítica para tal medo, avião não podia dar certo porque : era mais pesado que o ar, o motor era à explosão e foi inventado por um brasileiro.
Um certo exagero. Conheci um mecânico de aviões, que trabalhava no campo de Marte e atravessava o Brasil para buscar aviões quebrados ou levemente acidentados que dizia: não tenho medo de avião, tenho medo de piloto.
Numa daquelas noitadas etílicas cariocas criou sua versão analítica para tal medo, avião não podia dar certo porque : era mais pesado que o ar, o motor era à explosão e foi inventado por um brasileiro.
Um certo exagero. Conheci um mecânico de aviões, que trabalhava no campo de Marte e atravessava o Brasil para buscar aviões quebrados ou levemente acidentados que dizia: não tenho medo de avião, tenho medo de piloto.
Mas o que queijo tem a ver com aviões ? Graças a eles, este legítimo e não adulterado pedaço de Grana Padano, que repousava inocentemente numa prateleira da Salumeria San Nicola, em Bari, ali no calcanhar da Bota italiana, em 17 horas estava em terras brasileiras. Demos a ele ainda um prazo de 8 horas para se ambientar ao novo clima, antes de atacá-lo ao por-do-sol, com todo respeito e devoção.
Humm, sublime, não sofreu com a travessia atlântica apertadinho dentro de um container, sendo defumado pelo sol equatorial por longos dias. Nem ficou assando, no mesmo container, estacionado por semanas num porto qualquer sob o sol tropical.
Obrigado, Santos Dumont.
Humm, sublime, não sofreu com a travessia atlântica apertadinho dentro de um container, sendo defumado pelo sol equatorial por longos dias. Nem ficou assando, no mesmo container, estacionado por semanas num porto qualquer sob o sol tropical.
Obrigado, Santos Dumont.
19 comentários:
a 'máxima' do vinícius é um evidente exagero, mas como frase de efeito e valor anedótico, é absolutamente genial.
É genial mesmo , imagino as gargalhadas na mesa quando ele
soltou esta.
Fico imaginando o que eram essas noitadas ...
Peri,
noitadas não tive com essa turmas do Vinicius, mas uma manhã de domingo fomos beber na avenida São Luiz em São Paulo a convite de um amigo comum, Américo Marques da Costa. Não lembro do que se falou, quer dizer, o que eles falaram e eu degustei.Degustei porque estou salivando, vendo seu queijo....que delícia!
Eduardo
Se Maomé não foi à montanha, a montanha, ou pelo menos um pedaço dela, veio até Maomé.
E daqui a pouquinho, vou prestar mais uma homenagem degustativa ao Grana.
Schlerp, schlerp.
De mais. Até amanhã.
José
Demais são os seus desenhos. E a disciplina de fazê-los sempre.
Informação aos nossos prezados comentaristas : Quem não sabe quem é o José, conheçam seu lindo blog " A Janela de Alberti " , o primeiro ali de meus favoritos,
imperdível.
Peri, já ouvi dizer que "o" hélice é dos barcos, e "a" hélice dos aviões. Confere?
Peri, Grana de inveja!!!!
(;-))
Pecus,
Boa questão, sempre estranhei "o" hélice, mas como nossa língua tem suas pegadinhas, me senti um vestibulando e arrisquei o "o".
Acabei de achar, num site náutico : " Na língua portuguesa hélice é um objeto andrógino, é masculino em linguagem naval e é feminino em aeronáutica." Pô , objeto andrógino!
Agora o por que disso se alguém conhecer o Pasquale, por favor peça esclarecimento.
Eduardo
Morda-se de inveja, na verdade vieram 3 pedaços, uns 2kg, impecáveis.
E de quebra um Calcio Cavallo, ainda úmido e macio. E um litro de um emocionante extra-vergine, extraído a freddo, daqueles densos e leitosos, produção da região, pela bagatela de 9 euros, aqui custaria uns R$ 120,00, 3x o preço de um scotch 8 anos legítimo.
Lá são produtos de consumo popular, e se não estiverem ótimos
as mamma e as nonna não levam.
acredita que senti o cheirinho daqui?
e salivei...
Oops, correção técnica : Caccio-cavallo
Anna
No nosso Espaço Gourmet, é obrigatório provar essas delícias de olhos fechados e narizes tampados, para evitar a salivação que estraga o paladar....
Peri, dá para mudar de assunto rápido? Esse Grana Padano me fez recordar (e salivar)
Volto depois, quando não tiver sobrado mais nada dele.
Abraço
ps: aprecie com moderação
Valter, vai demorar para acabar, está sendo saboreado molécula por molécula.
abraço
também senti o cheiro e salivei..nossa, até o vinho experimentei!
Ana
Hamm, hamm, papa fina o casca grossa.
Grana Padano é um queijo que adoro. Aliás, adoro todos os queijos, e aqui em portugal também os temos muito bons.
A história é genial, Peri. E a ligação de queijo e avião é evidente: ambos nos fazem voar, não é?
;)
Bjs
Ana
O Serra da Estrela foi citado ontem ontem à noite numa conversa com um casal de amigos.
Melhor seria juntá-los sempre, muito queijo nas viagens aéreas, o voo completo.
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