#Header1 { display:none; } #header-wrapper { display:none; }

25.9.07

Este senhor,



era o Aleijadinho, e fez o que fez.
Antonio Francisco Lisboa, filho de um arquiteto português com uma escrava, nasceu provavelmente em 1730, viveu muito para a época morrendo, pobre evidentemente, aos 84 anos e sentiu no próprio lombo o que era ser mulato.
Até hoje discutem sua real existência ou a totalidade das obras que lhe são atribuídas. Na busca da real "assinatura" do autor, e conforme o material, pedra-sabão ou madeira, os especialistas analisam suas proporções, marcas de golpes do cinzel, número de dobras das vestimentas.

Este Divino, visto de perto, é impressionante

São José de Botas, está lá

No Centro Cultural Banco do Brasil : Aleijadinho e Seu Tempo - Fé, Engenho e Arte. Em segundos você sai daquela fumegante feijoada completa que é o Centro de São Paulo e entra, pela montagem, pelas luzes e pela música, num clima que te desarma e emociona.
Exceto por um Cristo em madeira de grande porte, todas as esculturas expostas, são pequenas, delicadas, lindas.
São apresentadas também imagens religiosas de Francisco Xavier de Brito, Mestre Piranga e Mestre Athayde, seus contemporâneos. E tem mais, vão lá ver.
Em plena terça-feira à tarde, clima de sábado, muita gente, escolas, grupos. Vai até dia 14 de Outubro.

15 comentários:

Anônimo disse...

Programa imperdivel.

peri s.c. disse...

Eduardo
O cara era gênio.
Quem já tentou pegar um formão e entalhar pelo menos um pedaço de madeira, sabe o que falando.
Me encantam essas artes religiosas.

anna disse...

me lembrei de um personagem da carmen verônica, no século passado, que prá variar fazia papel de burra, dizendo que viu todas as obras do alejadérrimo!!!!

puxa, peri, tem lugar ai nas organizações peri s. copio bundando e lazer prá eu ir trampar? sou boa nisso, ainda mais numa terça a tarde.

Anônimo disse...

Anna,
Carmem Verônica, o máximo .

Não se empolgue, nas nossas organizações procuramos unir o inútil ao agradável, ou seja trabalho com lazer.
Minha excursão ao centro foi profissional, mas impossível ir lá sem dar uma flanadinha pelo pedaço. CCBB parada sempre obrigatória. Assim como pelo menos um sebo. E na Líbero, uma interessante e sem dúvida justa manifestação de professores, enchendo o saco do burgomestre, com carro de som fazendo tremer os edifícios.

Anônimo disse...

reconheço o valor e o genio do aleijadinho, mas não é pro meu bico. suas obras me deprimem, me desesperam, chego a passar mal.

GUGA ALAYON disse...

gde dica, peri
abç

Anônimo disse...

Marcio
Grande comentário.
Nele está explicada a essência da coisa, o Aleijadinho incomoda mesmo, sempre me incomodou. Esse incômodo é o toque do gênio, o que diferencia.
Já vi os trabalhos dele lá em Minas e pela primeira vez, agora, fiquei frente à frente com uma série de trabalhos, num ambiente fechado, com focos de luz, música barroca religiosa ao fundo. Cara, arrepia. Dá uma sensação muito esquisita. Inexplicável uma coisa que parece emanar daquelas figuras, daqueles olhos. Saí meio estranho de lá.

( bosta, a Rua de São Bento e o metrô me trouxeram de volta à tosca realidade )

Anônimo disse...

Guga
Não deixe de ver.
No saguão de entrada foi executado um daqueles enormes tapetes de serragem colorida que fazem nas ruas para a passagem da procissão de Corpus Christi, outra grande sacada.

Anônimo disse...

Peri, já peguei no formão, sei do que se trata! Um gênio, realmente.

Abçs

Anônimo disse...

Peri,
sem dúvida, um gênio. Das artes, da sociedade que vivia e antevia, da superação de limitações e do próprio sofrimento com elas.
E tb, mulato,foi. E aí, não rico, foi. E a obra barroca trágica, fez lindamente.
Mas e o fato de ter sido "aleijadinho", de ter deficiências físicas?
é pouco diante da obra? Sei não, o sofrimento do homem tá com o sofrimento da obra, de discriminação por mulato, de posição social difícil, e, talvez, o mais preponderante dentro do que foi a EXPLOSÂO DO TALENTO que é muitas vezes a própria vontade de pôr-se pra fora, de outra forma, NECESSIDADE DE EXPRESSÂO, a fragilidade de ter uma deficiência física muito pronunciada.
Meio tenso, pesado o que escrevi. Nem sei se mesmo assim.
Bjos.

Anônimo disse...

Cê reparou? Eu reparo pq sempre me policio (sem adiantar) em relação à hora em que escrevo. Fiz o expresso 2222? Tb nem sei se bom, mas essas felicidades de crinaça me deixam feliz!
Ai co-incidência boa!
Bjs.

Ana Moraes disse...

Bacana, Peri! Irei.Bjs

Anônimo disse...

Eduardo
Pois é, você sabe. E imagine com suas deficiências físicas, que são talvez um componente importante no resultado final, o clima tenso de suas esculturas. Já devem ter escrito sobre isso, basta localizar.
Se eu achar alguma coisa volto ao assunto. E parabéns pela homenagem do José Louro. Merecida.

Anônimo disse...

Sibila
a obra de qualquer artista deveria retratar todas as suas contingências, como você escreveu.

Anônimo disse...

Ana,
já que você voltou, vá.
bjs