A Formula 1, um dos mais ricos espetáculos esportivos-midiáticos terráqueos está aqui.
Situações-limite me interessam, particularmente quando são os outros que estão nelas. Fórmula 1 é um dos limites humanos, no caso sobre 4 rodas. Um maluco dentro de uma sofisticadíssima e perigosa obra da mais fina engenharia.
Sobram parafusos no carro e faltam na cabeça de quem pilota uma máquina destas, entrando nela como um supositório entra vocês sabem aonde, amarrado de uma maneira que é difícil respirar, aguentando um calor de 45/50°perdem de 2 a 3 kg de peso numa prova, com a bunda perigosamente à 5 cm do chão à 340 por hora, prestes a decolar, tendo nas mãos esse volante aí de cima e mexendo naqueles botõezinhos de regulagens o tempo todo .
Uma experiência para poucos, dizem que um motorista normal, ou seja qualquer um de nós, não conseguiria tirar um carro destes do lugar, quanto mais guiá-lo. E se conseguisse guiá-lo acelerando para valer, não aguentaria as forças G atuando em seu pescoço nas freadas e curvas .
Assisti em Interlagos os 3 ou 4 primeiros GPs aqui no Brasil. Épocas mais românticas, pobres mortais como nós, sem camarote VDP ( very desimportant people ), podiam circular pelos boxes e olhar de perto aqueles impressionantemente frágeis carros sendo montados. Dava para ficar perigosamente junto as curvas, inesquecível ver o esforço no rosto tenso e nos braços do Ronnie Peterson fazendo a curva 2 com sua Lotus preta e entrando acelerando tudo no velho retão, jogando pedriscos do asfalto para todo lado e com o barulho assustador do motor quase estourando nossos ouvidos.
Um pouco anterior a esta época a fantástica frase de Grahan Hill quando perguntado como ele se sentia num F1 : " Sinto como se estivesse numa banheira cheia de gasolina, com um charuto aceso na boca ". Pois é, vários pilotos morreram queimados, Peterson foi um deles, quando nas porradas o tanque de combustível rompia e a gasosa explodia quando encostava nos discos de freios, que ficam o tempo todo literalmente em brasa.
Grahan Hill hoje fumaria mais tranquilamente seu charuto, os carros e os circuitos evoluiram e ficaram muito mais seguros. Mas os pilotos viraram outdoors-ambulantes-full-time ( uma elaborada versão dos nossos homens-placa ) e o esporte virou um magnífico negócio.
PS Um bom piloto fatura pelo menos uns U$$ 10 Milhões por temporada. Apesar de 120km/h me causarem estranhas palpitações e suores frios, deveria ter me dedicado à F1 pelo menos por uns 6 meses para garantir uma honesta aposentadoria.
Situações-limite me interessam, particularmente quando são os outros que estão nelas. Fórmula 1 é um dos limites humanos, no caso sobre 4 rodas. Um maluco dentro de uma sofisticadíssima e perigosa obra da mais fina engenharia.
Sobram parafusos no carro e faltam na cabeça de quem pilota uma máquina destas, entrando nela como um supositório entra vocês sabem aonde, amarrado de uma maneira que é difícil respirar, aguentando um calor de 45/50°perdem de 2 a 3 kg de peso numa prova, com a bunda perigosamente à 5 cm do chão à 340 por hora, prestes a decolar, tendo nas mãos esse volante aí de cima e mexendo naqueles botõezinhos de regulagens o tempo todo .
Uma experiência para poucos, dizem que um motorista normal, ou seja qualquer um de nós, não conseguiria tirar um carro destes do lugar, quanto mais guiá-lo. E se conseguisse guiá-lo acelerando para valer, não aguentaria as forças G atuando em seu pescoço nas freadas e curvas .
Assisti em Interlagos os 3 ou 4 primeiros GPs aqui no Brasil. Épocas mais românticas, pobres mortais como nós, sem camarote VDP ( very desimportant people ), podiam circular pelos boxes e olhar de perto aqueles impressionantemente frágeis carros sendo montados. Dava para ficar perigosamente junto as curvas, inesquecível ver o esforço no rosto tenso e nos braços do Ronnie Peterson fazendo a curva 2 com sua Lotus preta e entrando acelerando tudo no velho retão, jogando pedriscos do asfalto para todo lado e com o barulho assustador do motor quase estourando nossos ouvidos.
Um pouco anterior a esta época a fantástica frase de Grahan Hill quando perguntado como ele se sentia num F1 : " Sinto como se estivesse numa banheira cheia de gasolina, com um charuto aceso na boca ". Pois é, vários pilotos morreram queimados, Peterson foi um deles, quando nas porradas o tanque de combustível rompia e a gasosa explodia quando encostava nos discos de freios, que ficam o tempo todo literalmente em brasa.
Grahan Hill hoje fumaria mais tranquilamente seu charuto, os carros e os circuitos evoluiram e ficaram muito mais seguros. Mas os pilotos viraram outdoors-ambulantes-full-time ( uma elaborada versão dos nossos homens-placa ) e o esporte virou um magnífico negócio.
PS Um bom piloto fatura pelo menos uns U$$ 10 Milhões por temporada. Apesar de 120km/h me causarem estranhas palpitações e suores frios, deveria ter me dedicado à F1 pelo menos por uns 6 meses para garantir uma honesta aposentadoria.
11 comentários:
peri's, até que enfim entendi tanto tesão pela fórmula 1: tem as forças do ponto G!
Anna
Essas tipo de forças G no ponto H só estes caras, pilotos de caça e astronautas chegam a sentir. A torcida , como diria o Lobão, goza com o pau dos outros.
Peri, tem esportes (será esporte?) que ou se pratica ou não dá para assistir. Um deles (pra mim) é corrida de F1. Só pior, jogo de tenis e ping-pong!
Abçs e bom fim de semana!
ha, ha, ha, 6 meses apenas? Por isso que não conseguiu ainda sua aposentadoria, Peri, tem de pensar mai grande, né?
Eu adorava ir ao autódromo. Tinha corredores na família, era bem divertido. Depois passei a ter aluno, piloto. Hoje o cara fez a poli position...vai imaginar? Se tivesse acreditado nele na época,(aluno safado..humm...) tinha ido junto co'ele pra tirar uns trocos também, hehe! Mas sobrou só a tv. Quem mandou! Mas torço pro gajinho de qquer jeito.
Eduardo
F1 era divertido assistir até aquela época onde corriam o Piquet e o Senna. principalmente pelo Piquet, o último piloto que não parecia um robozinho. Hoje é uma corrida esquisita, resolvida na classificação ou então em ultrapassagens feitas com os carros parados ... nos boxes, uma contradição.
Tênis, para quem jogou e entende do negócio é bom de assistir, já foi superada a época só da porrada. Hoje porrada com categoria e técnica.
Ana
você ensinou ele a guiar ????
ha ha ha, acho que até poderia, Peri (AHHHH!)- tá bom, tá bom, não foi nada disso. Lecionei fotografia mesmo.
Ana
ah, bão.
Segundo o Massa num programa da TV:
Niki Lauda disse "até um macaco dirige os F1 de hoje".
Foi convidado a dar uma volta com um dos carros atuais, na primeira volta deu tres rodadas.
Esta temporada foi stress da primeira a ultima volta.
Vamos ver os macaquinhos guiando sem controle de tração e com muito menos eletrônica controlando as besteiras que eles fazem, vai ser engraçado.
Aí vamos aguardar as declarações do Massa no fim da próxima temporada.
Stress para quem cara-pálida? Adoraria este stress, faturando de U$$ 1 a 3 milhões /mês.
Massa respondendo a esta mesma pergunta (no mesmo programa):
"Os carros já estão sendo projetados para serem pilotados sem esses mimos".
Aliás entra temporada, sai temporada, muda isso, muda aquilo, mas, sempre mantendo-se as velocidades maximas e quebrando-se recordes.
Stress no sentindo de ter sido uma temporada disputa por 4 pilotos, não aguanteva mais as temporadas mono-germanicas.
Caseiro como tu es, pressão, calor , supositório, tu não ia aguentar.
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