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5.6.07

Política, um assunto astronômico


O jornalista que teve seu nome mais citado nos últimos 15 dias aqui em São Paulo, foi o Reali Jr, correspondente em Paris da Rádio Jovem Pan ( êta nominho velho ) e do Estadão e que tem o famoso bordão radiofônico " ..às margens do Sena, junto à Maison de la Radio os termômetros marcam ... " . Lançou um livro com suas memórias de 35 anos de trabalho na Europa.
Paris foi, desde sempre, passagem, lazer ou exílio de nossa classe política, de todos os calibres. Portanto, relaxados, num bistrô, com um bom vinho por perto, eles soltam a língua e as histórias e seus bastidores devem brotar com mais espontaneidade, mais soltas. Campo fértil para um bom jornalista garimpar histórias e conhecer as pessoas.
O Reali deve ser muito bem quisto, nestes dias deu entrevistas em vários canais de tv, publicaram matérias, rádios concorrentes citaram o lançamento que foi comentado até em programa esportivo, vejam só. Rara unanimidade.
Numa destas entrevistas, o Juca Kfouri fez uma pergunta maliciosamente interessante : " - Você acha que FHC e Lula um dia voltarão a ser o que eram antes ? "
A resposta ( de memória ) : " É complicado, todo político que chega ao poder entra em outra galáxia, ele muda. O exercício do poder transforma as pessoas. De vereador a presidente da República, seja qual for o nível. Talvez um dia, longe do poder, voltem a ser o que eram... ".
Portanto, nossas expectativas em relação às soluções dos problemas que afetam o desenvolvimento do país, dos estados e municípios não passam de banalidades terráqueas. Os políticos estão orbitando em outros espaços intergaláticos. Para compreendê-los nem o Hubble ajudaria muito.

11 comentários:

Ana Moraes disse...

Acho que vc citou tudo, peri - essa fase do jornalismo num bom bistrô, vinho e muita conversa boa e fértil, em Paris. Só pode ter um resultado bom em um livro que dá água na boca!

Anônimo disse...

Ana
Se eu fosse jornalista, taí um ótimo modelo.

Anônimo disse...

Peri, vi uma das entrevistas do VELHO Reali Jr.
Digo velho, porque a imagem que eu tinha dele era ainda aquela do garotão loiro, às margens do Sena.
O tempo passa para todos!E o livro deve ser bom, sim!

Anônimo disse...

O Reali é simpaticão e bom jornalista, mas dizem que a melhor 'obra' dele é a filha Cristiana...

GUGA ALAYON disse...

Peri, nunca li este tal de Hubble, vc me empresta? abç

anna disse...

com certeza, peri's, estão em dimensões paralelas, assim como os ricos que comprarão os apês do post anteiror, as mulheres muçulmanas do iemen e irã, o bush e o osama, estão em outras.
já nós, continuamos na mesma. naquela em que se paga imposto, que se paga por saúde, educação e transporte, as contas que der prá pagar, e os juros bancários.
tudo regado a uma bela cerva.
aliás, semana praticamente encerrada e perto da hora do terço.
saúde!

Lord Broken Pottery disse...

Peri,
Acompanho o Reali há anos. Ouço diariamente a Jovem Pan (meu despertador). É um cara realmente muito querido, bom papo, bom vivente (não disse em francês de propósito). Vê o Brasil de longe, com olhar estrangeiro. Interessante ter opiniões próximas entre FHC e Lula. Quando comenta é mais simpático ao Lula.
Não estranhe ele ter boas relações com a turma do futebol. Na copa do mundo foi comentarista esportivo, e adora falar sobre o nobre esporte bretão.
Grande abraço

Anônimo disse...

Eduardo,
em Paris o tempo deve passar com mais leveza.

Marcio,
A Cristiana é uma obra-prima indiscutível.

Guga,
Nunca ouviu falar de Ludwig Von Hubble y Gimenez? Teórico e cientista self-made-man, além de sambista, possivelmente austro-húngaro, criador, nas horas vagas, da teoria da expansão, e por corolário da intumescência e latejamento do Universo ?
Raptado por ciganos na mais tenra idade, daí sua incerta nacionalidade. Um nômade por sua criação cigana, consta que passou pelo Brasil, mais precisamente Rio de Janeiro, mais precisamente no Morro da Mangueira, ficando por uns três anos ( de 1931 a 1934 ) mais precisamente num barraco no Pindura Saia, onde pesquisou o que aquelas mulatas que não estão no mapa tem por debaixo das saias. Tocava cuíca nas rodas de samba, e foi da nascente ala dos compositores. Nunca emplacou um samba-enredo. Desgostoso com as seguidas derrotas mudou-se para Paris. Lá, cansado da quiromancia cigana aprendida na infância e que usava para descolar algum, partiu para a astrologia política,mais rentável, fazendo mapas-astrais-eleitorais, majoritários ou proporcionais, faturando uma bela bufunfa com políticos em preparação de suas campanhas. Consta que foi sua a recomendação para Gabeira voltar para o Brasil e vestir aquela famosa tanguinha de crochê. Portanto, além de tudo foi um precursor do marketing político. Mas nunca publicou nada, suas descobertas, teorias e análises científicas e políticas sobrevivem graças à transmissão oral. Vou ver se acho uma fita-cassete para te emprestar.

Anônimo disse...

Anna,
praticamente encerrada, sobrevivemos a mais uma. Tchim, tchim.

Lord
O legal do Reali é que circula com desenvoltura por todas as áreas. Na esportiva cobriu oficialmente duas copas. Na da França, consta que foi o grande anfitrião de seus colegas que foram para lá. E que agora retribuiram com a simpatia da citação de seu livro. Bonito ver ( e ouvir ) isso.

GUGA ALAYON disse...

Peri, talvez por falta de cultura ou desinformação na área (talvez hoje em dia signifiquem a mesma coisa) nunca ouvi falar de nenhum astro-húngaro a não ser o Ferrenhoc Puskas Biróca Ardent, que a meu ver foi um dos maiores jogadores de ludopédio do mundo.
agradeço, mas meu cassete anda ocupado.
abç

Anônimo disse...

Guga
tinha tudo isso no nome, nhoc biroca ardent, é? jogava um bolão também na horizontal, penetrando insidiosamente pelas fragilizadas defesas adversárias? e naquele inverno siberiano austro-hungaro?