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21.3.07

Henfil


Alguns de seus trabalhos parecem que foram feitos agora

Foi o grande cartunista político dos tempos duros da ditadura militar. Coisa mais difícil selecionar desenhos dele, produziu muito, criou muitos personagens, tudo muito bom. Tinha um desenho enganosamente simples. Engraçado, engajado, corajoso, batalhador. Não é pouco. É quase único. Começou em Minas em 64, mas tornou-se conhecido nacionalmente via O Pasquim a partir de 70, com Os Fradinhos .


partiu em 88.

10 comentários:

Ana Moraes disse...

he, he, he, esse Henfil era mesmo genial!

valter ferraz disse...

Peri, um gênio. Não falo que vivemos uma era pobre hoje?
Abraço

Anônimo disse...

No desenho e na escrita. Quem leu, leu, quem não leu, aos sebos : Diário de um Cucaracha ( sobre o período que morou nos States, na capa uma horrível barata, depois lançaram uma edição sem ela ), Henfil na China, antes da coca-cola ( não esqueço :em plena revolução cultural, notou que o uniforme que todos chineses vestiam , tinha só um bolso. Perguntou por que só um . Resposta : se fosem dois teriam que fazer 1 bilhão de bolsos a mais.... )e as famosas Cartas à Mãe.

valter ferraz disse...

Peri, eu tinha o Diário de um Cucaracha. E colecionava o Pasquim, alí conhecí Jaguar, Ziraldo, Ivan Lessa. Paulo Francis e as brigas que eles travavam "ao vivo" em cada edição. Eu passava numa banca alí na Av. Angélica (trabalhava na Rua Bahia)o cara da banca já tinha separado prá mim: Pasquim, Opinião a Rollig Stones(não sabia inglês mas pagava de estudante). Bateu saudades. O Pasquim eu emprestava pro Wilson Falchi e ficava puto da vida que o pai dele pegava prá forrar o Corcel 71.
Viajei. Desculpe, volto logo.

Anônimo disse...

Também colecionei, pelos menos os 3 primeiros anos,a partir acho que do 3º nº. Numa das 5 reformas de casa deve ter caído uma lata de tinta em cima, foram-se.

Ana Moraes disse...

eu li os dois livros e adorava!

Lord Broken Pottery disse...

Peri,
Agradeço a lembrança e a promessa cumprida. O Henfil fez parte da minha formação. Artista que unia o traço maravilhoso ao humor ferino, debochado. Foi um resistente. O Ubaldo (O Paranóico) era o meu preferido. Retratava o estado emocional de muito gente durante a ditadura. A gente tinha medo das sombras.
Abração

Anônimo disse...

Ana
Deu vontade de reler estas preciosidades.

Lord
Tivemos o privilégio de acompanhar a sua carreira.

Ele sabia que não ia durar muito, daí talvez essa urgência concisa de traços, abrangência de temas, destemor. E escancarava a alma em seus textos. Eu achava maluca a explicação que dava ao seu declarado tesão que tinha por pés. Não sei se você lembra : dizia que vinha da infância, porque tinha sobre a cabeceira de sua cama uma imagem da Virgem Maria pisando em cobras. Coisas de Minas.
Medo das sombras : uma Veraneio rodando nas ruas, era a pior assombração possível naquela época. Mal sabíamos que muitos dos que nela embarcaram a contragosto hoje mamam belas indenizações/aposentadorias.

Lord Broken Pottery disse...

Peri,
Você me fez rir ao relembrar o tesão do Fradim por pés. Foi a primeira vez que ouvi falar em fetichismo. Indenizações? E tem até deputado reeleito envolvido com mensalão e ministro... ou melhor, ministra.
Abraço

Anônimo disse...

Lord,
ele transferiu para o Fradim o tesão que ele sentia.

uma festa indenizatória.