Existe registro de feira-livre em São Paulo a partir de 1687. Hoje são 889 na cidade . A Prefeitura vai aplicar a lei do silêncio nelas. Proibida a gritaria dos feirantes. 700 fiscais estarão de olho vivo, faro fino e ouvidos alerta. Milhares de donas Marias voltarão menos alegres para casa, vitória dos mau-humorados de plantão. Falta do que fazer ?
8 comentários:
Mas as ruas podem ficar sujas, né?
sei lá, mas geralmente esse tipo de lei de silêncio é feita pensando em quem reside no entorno e que sem ela fica obrigado ouvir em decibéis acima da média e por um período extenso o que não lhe interessa, como no caso de bares.
o charme de se ouvir o tal "olhaí, Dona Maria..." não deve ser o mesmo se o reclame perdura por algumas horas a fio próximo à janela do quarto do cidadão.
claro que isso depende da localização da tal feira, aqui em Curitiba tem várias que ficam em ruas eminentemente residenciais, mas como o povo daqui não é dado a externar muito seus sentimentos e pregões, não há problema.
na rua paralela aos fundos donde moro (há dez anos) tem uma toda terça-feira, e até hoje não ouvi um pio sequer dos feirantes.
Valter, hoje aqui em SP, não ficam, ali pela 14/15:00 tá tudo limpo..
Boczon
Aqui praticamente todas as feiras são em ruas residenciais. Escrevo a uma segura distância de uns 500m das duas feiras mais próximas, mas já morei numa casa que tinha feira na porta. Isto causa três grandes problemas: interrompem o tráfego, carros tem que ser levados na noite anterior para outras ruas próximas e começam a montar a feira de madrugada, aí sim, puta barulheira.
As feiras são um artigo em progressiva extinção . Já faz algum tempo que estão diminuindo de tamanho. E hoje tem a forte concorrência de supermercados e sacolões.
Esta medida em relação aos feirantes apregoando seus produtos e mexendo com as donas Marias, vejo apenas como mais um destes eventos midiáticos que os políticos e seus puxa-sacos de plantão tanto adoram provocar par fingir que estão trabalhando.
"gostóoosa.......olha a manga que tá muito gostosa!" - achava muito divertido ouvir isso ao passear na feira...e "quer alho, dona?" xii, tem um monte...fora o pastel acompanhado por garapa de cana com um limãozinho..hummm
Peri,
Esse prefeitinho tampão é mesmo um bosta! O compromisso dele é com o desemprego. Conseguiu deixar sem salário um monte de gente que fazia os outdoors, agora implica com os feirantes, não sabe mais como aparecer.
Abraço
Ana,
ir à feira é uma boa desculpa para comer pastel.
Lord,
O compromisso dele é com ele mesmo. Sabe que tem que tentar o possível para se super-expor na midia .
Mesmo caso da Marta ( prepare seus sais, lá vem ela ).
Mesmo caso de praticamente todos.
Interessante o último texto do Kostcho, no " No Mínimo", quando escreve " esqueçam Lula por um dia ", até ele ( Kotscho, ex-assessor de imprensa presidencial) não aguenta mais .
Lord, complementando :
Ok, desemprego no setor de outdoors.
mas ... muito emprego no setor de fachadas de lojas : todas vão ter que refazer suas identificações. O Bradesco, por ex, vai usar toda sua verba do 1º semestre de obras, só para readequar as fachadas de suas agências em SP. Insumo para as teorias conspiratórias : todo setor tem suas grandes empresas, e suponho que o de fachadas movimenta muito, mas muito mais dinheiro que o de outdoors. Portanto tem muita gente financeiramente feliz com essa lei. Ninguém comentou isso.
Próximo interessante estágio : estudar se com a diminuição das placas de identificação das lojas, diminuirão as vendas. Acho que não.
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