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2.4.12

Menino(a)s eu vi

Folheei e li.

A capa de meu primeiro Pasquim, o de nº 3, Julho de 1969 .



Tempos de cursinho pré-vestibular e horizontes nebulosos,

havia uma ditadura ali na esquina.

Chegava nas bancas às 3ª feiras, corríamos para comprar no intervalo da manhã

e lá se ia o resto das aulas do dia .

O Pasquim e Woodstock, ventanias inesperadas, marcaram e mudaram uma geração.

( Geração nem melhor, nem pior, mas que foi quase muito diferente.)

Bons tempos .


Millor foi um dos fundadores deste hebdomanário :

O PASQUIM nasceu no fim de 1968, após uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral; o trio buscava uma opção para substituir o tabloide humorístico A Carapuça, editado pelo recém-falecido escritor Sérgio Porto. O nome, que significa "jornal difamador, folheto injurioso", foi sugestão de Jaguar. "Terão de inventar outros nomes para nos xingar", disse ele, já prevendo as críticas de que seriam alvo.

Com o tempo figuras de destaque na imprensa brasileira, como Ziraldo, Millôr, Prósperi, Claudius e Fortuna, se juntaram ao time, e a primeira edição finalmente saiu em 26 de junho de 1969.

Além de um grupo fixo de jornalistas, a publicação contava com a colaboração de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Carlos Leonam e Sérgio Augusto, e também dos colaboradores eventuais Ruy Castro e Fausto Wolff. Como símbolo do jornal foi criado o ratinho Sig (de Sigmund Freud), desenhado por Jaguar, baseado na anedota da época que dizia que "se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".

No fim da década de 1960, em função de uma entrevista polêmica com Leila Diniz, foi instaurada a censura prévia aos meios de comunicação no país, por um decreto que ficou conhecido pelo nome da atriz. Em novembro de 1970 a redação inteira do O Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga, (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada — até fevereiro de 1971 — O Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e diversos intelectuais cariocas.

As prisões continuariam nos anos seguintes, e na década de 1980 bancas que vendiam jornais alternativos como O Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim.

O jornal ainda sobreviviveria à abertura política de 1985, mesmo com o surgimento de inúmeros jornais de oposição e de novos conceitos de humor (Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva, egressos de O Pasquim, fundaram O Planeta Diário). Graças aos esforços de Jaguar, o único da equipe original a permanecer em O Pasquim, o semanário continuaria ativo até a década de 1990.

A última edição, de número 1 072, foi publicada em 11 de novembro de 1991. ( fonte : Wikipedia )

5 comentários:

Silvares disse...

O tempo passa, o marcador informa... neste jogo de Falar-o-que-se-pensa nunca há vencedores, muito menos haverá vencidos. Ficam memórias.

peri s.c. disse...

Silvares

Boas memórias.

valter ferraz disse...

No caso de O Pasquim, são as nossas memórias.
Cada linha, parágrafo, ilustração. O traço inconfundível de cada um dos artistas que o compunham formam a nossa memória. De um tempo em que pensava-se. E mais que isso, às vezes partia-se para a ação. O instrumento do artista era o nanquim, a prancheta, o vegetal. Do escritor a velha Olivetti Lettera 32. Como trilha sonora Beatles, Rolling Stones ou ainda Tom Jobim. Eles bebiam Buchanas, nós leitores economizávamos os tostões das mesadas ou dos parcos salários de office boys (meu caso) para comprar semanalmente. às vezes tínhamos que esconder até mesmo em casa, pois o Velho não queria confusão com esses negócios de política que afinal dizia ele, não se discute, igual a religião.

valter ferraz disse...

Peri, desculpe voltar: essa cor do template embora bonita, castiga os pobres e cansados olhos dos velhinhos.

peri s.c. disse...

Valter

1. É isso aí .

2. Template alterado para atender a freguesia. Na verdade queria o fundo da postagem mais escuro, com letras brancas, mas não sei como mudar a configuração do texto em todo o blog duma vez só . Firaria belíssimo, vide meu portfólio, clicando ali nos favoritos no " nosso setor de projetos ".

abraço