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10.6.10

Armazém e armazéns

Na contra-mão das tendências vigentes de especializações , da impessoalidade das relações comerciais telemarqueteiras, da pasteurização dos hiper, super, mini-mercados e shopping-centers, etc, etc , etc, resistem heroicamente nas quebradas desse mundaréu brasileiro, os armazéns .

Como nesse blog aqui, onde o nome não foi inventado à toa¹ e a idéia sempre foi de ter um pouco de tudo, além de tempo para uns dedos de saudável prosa ( nessa nossa época plena de grandes monólogos e idéias definitivas ).

Vejam esse delicioso filminho .
Parece que ainda dá para unir negócios e boas relações pessoais/comunitárias .



link gentilmente enviado pelo Eduardo P.L.

¹ bela expressão essa : " à toa" . qual será a origem ?

23 comentários:

Selena Sartorelo disse...

Olá Peri,

Nossa que saudade que deu..eu sou caipira e cresci no meio disso. Quando era pequena ainda tinha os charreteiros que passavam com a venda na carroça..o serviço delivery do caipira..era uma festa...uma loja ambulante com corte de pano e boenca de plástico. Quando era mais velha minha mãe já deixava eu ir até a venda sozinha..lá tinha de tudo, uma mistura de bar com mercearia, loja de presente e doceria, lembro até do cheiro. Obrigada pela lembrança e o dedo de prosa rsrs!!!!!!
Beijos e

Ana Moraes disse...

Ê Minas Gerais! Delícia!
Voltei, Peri, para apreciar seu Armazem.
Bjs

Silvares disse...

É, isso aí é outro mundo. É muita humanidade para os tempos que correm, mais robóticos. Essa mercearia parece uma caverna de Ali Bábá.

Quanto ao "à toa" fui dar uma olhadela e encontrei isso aí

http://www.paulohernandes.pro.br/dicas/001/dica069.html

espero que te ajude.
Inté.

Anônimo disse...

Peri:

Na antiga China,quem quisesse montar um negócio,citando como exemplo qualquer,uma pequena confecção, recebia um local emprestado de alguém,botões de outro,linhas ,agulhas de outro,máquinas,etc.
Assim que prosperasse, o cidadão pagava os devidos ,tornava-se cliente dos mesmos e seguia na corrente fornecendo seu proprio material confeccionado para um outro iniciante.
Daí o têrmo "Negócio da China".

abração a você
e também ao Valter.

Günther.

peri s.c. disse...

Selena

Delivery caipira, de charrete, é ótimo.
Na casa de minha avó tinha delivery do padeiro e do peixeiro, este em sua sofisticada charrete térmica .

bjs

peri s.c. disse...

Ana
Saudades.
E continuamos de portas abertas, eh, eh
bjs

peri s.c. disse...

Silvares
Longe dos grandes centros urbanos existe uma outra vida.

Para ser a caverna do Ali-Babá só falta um camelo e umas odaliscas.

o link que você descobriu esclareceu a questão, obrigado.

E gostei do "inté".
Inté mais.

peri s.c. disse...

Günther
Adoro essas culturas ditas inúteis.

Você, a Selena (ameaçou dar um sumiço mas voltou logo ), a Ana e o Valter reaparecendo aumentam o brilho destes dedos de prosa internéticos.
Muito bom isso.

abração

valter ferraz disse...

Peri,
armazém que se preze tem que destinar um cantinho pros freguezes de caderneta. Daí que nosso "grupelho" aqui se abanca e em meio às sacas de milho, feijão, quirela para os pintos, arreios e otras cositas más vamos trocando nosso proseado, quase sempre ao final da tarde mas sem muito horário. Qualquer hora é hora prá tomar uma do barril, não é mesmo?
Abraço ao Günther!
Forte abraço

Selena Sartorelo disse...

Juro que não faz tanto tempo assim. Socorro!! Mas como é bom lembrar de coisas tão simples e tão boas que vivi. Falo isso para os meus filhos, mostro as cicatrizes dos tombos das árvores, os brinquedos antigos, os improvisados. Os subistituidos..nossa mãe quantos cheiros e cores... eu brinquei com vaquinha feita de batata e gravetos encontrados no quintal e era tão normal, minha piscina era rios, lagos e até o buraco feito por uma pata de elefante no meio do quintal...boneca de espiga de milho...biróca (bolinha de gude) Perna de pau (feita com lada de óleo..ha!ha! Pior era quando elas eram quadradas, lembra? Na venda tinha de havaianas. as legitimas até rolo de fumo, e muito aluminio rsrsr!! Bom deixa eu parar com a prosa que agora eu fui longe.. Nossa os dias eram bem mais longos naquela época Vixii!!.Histórias reias e hoje tô aqui revivendo isso exatamente assim. A virtualidade realmente é real,pois até que digam o contrário estou num autêntico armazem.

Beijos Peri

Günther há quanto tempo que não te via virtualmente rsrsr!! Beijos

Anônimo disse...

Ah, Peri!

"Não te conto nada", como dizemos, os mineiros, quando queremos contar tudo.
Vi esse vídeo há uns quatro meses, e como estive em Bh recentemente, não perdi tempo: fui parar lá na Mercearia Paraopeba, que é tudo isso e muito mais!
Pai e filho desse jeitim, bagunça atraente, misturas democráticas, princípio e fim de lembranças esquecidas, ah!
Não estou criando um texto, estou apenas tentando relatar um pouco da emoção que esse museu de memórias simples e ternas pode causar em alguém. Em mim, causou.

Beijo mineiro, jeca, antigo.

Vivina.

Anônimo disse...

Pois é Selena...
Nossos encontros bucólico/filosóficos à sombra das arvores nas tardes gostosas fluidas com boas conversas...
Vejamos o que nos reserva o inverno.

abraços

Günther.

Allan Robert P. J. disse...

Saudades do armazém de Itaquira (procure no mapa), no interior do Rio, onde moravam meus avós. Da paçoca de gergelim feita no pilão e do cheiro do café de coador da minha avó. :)

peri s.c. disse...

Valter

Com um pouco de imaginação dá até para sentir o perfume que vem do barril.

peri s.c. disse...

Selena

Num autêntico armazém, nas prateleiras, histórias, histórias, histórias...

peri s.c. disse...

Vivina

Num tempo de fornos de microondas, que estouram até pipocas, estes armazéns são uns anacrônicos colírios para a memória.

beijo

peri s.c. disse...

Allan

Nosso café caseiro evoluiu do coador de pano para o coador de papel ou para a Bialetti*.
Não se veem mais coadores secando pendurados no cano da torneira .

* depois que li tuas instruções de uso da Bialetti nunca mais a lavei com detergente, eh, eh.

Anônimo disse...

Armazém que se preze, além de crédito na caderneta, tem prosa! Aqui esta confirmada a regra!

peri s.c. disse...

Edu
Proseemos, então!

Lord Broken Pottery disse...

Peri,
Vi o filme na mesma época que a Vivina. Dia desses vou lá.
Grande abraço

peri s.c. disse...

Lord
Se todos que gostaram do filme resolverem visitar o armazém Paraopeba, aquilo acaba virando um supermercado, eh, eh

abraço

Lina Faria disse...

Maravilhoso!
À moda do escambo, mesmo.
Como tão poeticamente descreveu a Selena, também tive experiencias interioranas, quase rurais.
Existem ainda alguns 'secos e molhados'poe aí. Mas manter esse conceito humanista, passando de pai pra filho, acho que o Paraobeba é mesmo o último.
Emocionante!

peri s.c. disse...

Lina
Também tive vivências interioranas paulistas e cariocas, até a juventude. Pisei em muitos desses armazéns. E estão mesmo fadados a virar história.
É a evolução das espécies.