O Ministério da Saúde adverte :
comer massas em restaurantes pode fazer mal para os nervos .
comer massas em restaurantes pode fazer mal para os nervos .
Domingo, no " La Buca Romana " da Oscar Freire.
Dois dos três pedidos mereceriam estar num show aéreo.
Passaram "voando" supersonicamente pelos pratos os filletos de alicce do fettuccine à putanesca e os nacos de salmão defumado do fettuccine à "nórdica"² .
E passaram tão o rápido que mal deixaram uma vaga lembrança de suas presenças.
Alertado, o maitre fez uma cara de sério e informou que iria " avisar o cozinheiro ".
Desconto que é bom, pela " distração" do pessoal da cozinha, nem pensar.
¹ Sem ter uma congestão quando se vê a conta ?
² Desde quando nórdicos tem costume de fazer fettuccines ?
15 comentários:
saudades de uma certa pizza ali ao pé da cantareira...
Pratos voadores!
Marcio
O inverno está chegando, época de esquentar os fornos..
Jorge
alguns em órbita !
Peri,
Almoço de domingo em restaurantes, é mesmo complicado.
Lina
Compromisso familiar .
Esses almoços são um porre.
Complementado pelo caro ilusionismo dos restaurantes.
tô nessa de pizza
Peri,
eu que chego da terra da pasta, indgnado com o altíssimo custo (em euros!) e a pouquissima quantidade que eles nos serviam fico pensando que a moda então foi exportada para cá. Nem falo do cafezinho, um minguado expresso cobrado de acordo com a cara do ilustre turista (na verdade, apenas uma tinta no fundo das grossas chávenas).
Fico na minha: comida apenas em casa. Somos pobres, porém metidos: gostamos de fartura!
Forte abraço
Gugazza
Deu o cano na última. Virá na próxima ?
Estou com o Valter:
"comida apenas em casa. Somos pobres, porém metidos: gostamos de fartura!"...e acrescentando, com qualidade! Adoro cozinhar e esse é um privilégio para quem não quer se submeter a verdadeiros golpes nos menos sensíveis a detalhes culinários. Aproveito para pedir sugestão: qual a melhor pizza de Sampa? Eu achava que era a Esperança da Av. Morumbi. Há alguma melhor?
Peri,
corrija por favor: espresso e não expresso. Já que é para reclamar vamos reclamar falando o portugues claro e correto.//
Sonia,
obrigado pela solidariedade e sim, com qualidade!
Valter
A virada para o euro deixou tudo caro por lá, inclusive para eles.
1. Quantidade dos pratos , isso também depende do tamanho da fome.
"Em Roma, como os romanos ". Esqueça das travessas de macarrão que vem à mesa aqui nas nossas cantinas e trate de assumir os costumes de lá : os pratos únicos não são transbordantes porque além dos "antipastos" eles tem a tradição do "primo e secondo piatto ", onde o "primo" é a massa, ou risoto, ou sopa e o "secondo" a carne ou peixe, fora os " contorni" que são os acompanhamentos.
Claro que pedir tudo isso torna a refeição bem mais cara ....
dependendo do lugar onde você entra ....
Mas é possível comer bem e barato por lá, se você tiver as "manhas" : uma que testei com sucesso, é dominar um pouco a língua e pedir indicações ( não no hotel ! ), outra é descobrir pequenas trattorias frequentadas pelos nativos e que não tenham turistas à vista .
Vide o relato do Allan Robert ( autor " Cartas da Itália" que está ali nos meus favoritos ), que mora lá e tem um outro " blog" contando suas viagens pela Bota . Uma recente refeição de massa, carne, vinho, água e café por 10 euros ... nesse link : http://www.minube.pt/sitio-preferido/biandrate-a9081
2. Café
Aqui também a questão dos costumes.
Tenho saudades daqueles excelentes cafés que por lá servem.
Espumante e denso, um dedo, um dedo e meio no fundo da xícara, para tomar de um gole. E saborear .
E o gosto fica na boca por muito tempo, como se fosse um licor.
A italianada toma os melhores cafés do mundo. Levam inclusive os nossos, aqueles que hoje já aparecem em nossos supermercados e custam de R$ 30 a 40 o quilo, e que são os usados em qualquer boteco italiano. E para eles tirar um bom café é uma arte.
complemento a questão da " fartura" na resposta para a Sonia.
abraço
Sonia
A fartura das mesas das casas e cantinas de origem italiana ( e de outras origens ) creio que vem do fato que os imigrantes que para cá vieram em fins dos sec XIX/ e começo do XX passaram muita fome na Itália e continuaram a passar quando chegaram aqui.
E foram trabalhar nas roças .
conforme contava meu avô , que trabalhou nas lavouras de café em Pirassununga, iam para a roça às 5 da manhã , voltavam às 4 da tarde e ainda iam cuidar de suas roças de milho , feijão e arroz, hortas e criações de porcos e galinhas, para terem o que comer .
Pelo menos os fazendeiros liberavam terra para essas atividades de subsistência dos " colonos".
Portanto as mesas tinham que ser fartas para alimentar aquelas " pequenas" famílias com 10/12 filhos. Costume de fartura que se enraizou.
Peri,
veja voce que eu fui aprender tudo isso que vc relata in locco. Deveria ter consultado o amigo antes da viaggio, agora danou-se. A questão da língua é fundamental. Cheguei lá sem falar inglês, nem italiano, nem espanhol(mal e porcamente o português); daí que os únicos que nos entendiam eram os camelôs. Em sua maioria indianos, albaneses e paquistaneses. Alguns brasileiros(camelôs) andam por lá e acabamos descobrindo em Firenze um restaurante que serve comida brasileira de qualidade, chama-se Maracanã e fica nas proximidades da Chiesa di Sto Spirito. Ao final de dezessete dias a linguagem universal se fez presente (mímicas, caretas e esporros em geral) e acabamos travando uma conversa multi-lingue: um italianni, um brazuca e uma grega que se espressava num ingles quase nórdico. Imagina só a insalata que virou(verdadeira babel);
2-café: respeito tua opinião de um quase-nativo da região da Bota, mas prá mim não dá. Esse negócio de passar um tinta escura no fundo da chícara e vender a um euro ou mais, não tá com nada. Prefiro o do Cumpadi, barzinho imundo daqui de mongaguá que serve um "penha-lapa" que alimenta e revigora.
Ciao, bello!
Valter
Não cheguei a tempo, ia te dar umas dicas de sobrevivência básica na Bota.
Com umas vinte sentenças básicas, mais outras tantas palavras acompanhadas de uma cara alegre e uns sorrisos ( não esquecer da "pernacchia" ) você se vira muito bem por lá .
Na Italia, dado os dialetos que mudam a cada 100 km, nem eles se entendem muito bem .
Até a "pasta" ( tirando o spaguetti, creio ) vai mudando de nome conforme a região ou a cidade.
Mais importante que falar é mexer os braços .
Um país quase mímico .
Café : ah, ah, ah .
Tô imaginando esse "Penha-Lapa", sem nata, lotado até à boca .
Ciao
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