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22.2.09

Repicando os tamborins - por que não existe a Rainha Moma ?


O Sambódromo da Marquês de Sapucai, no Rio completa vinte e cinco aninhos de vida.

Idealizado por Darcy Ribeiro ( visite o link, carnaval também é cultura, ele foi um de nossos notáveis intelectuais e políticos ) e projetado pelo Oscar Niemeyer, nesta foto dá para perceber sua interessante implantação, encravado entre a antiga fábrica da Brahma e um elevado.
Sempre provocou muitas polêmicas, parece que não fizeram o básico : uma via-sacra pelos botecos ao redor das quadras das escolas, para conversarar antes com os sambistas para entender como era a mecãnica de um desfile e como melhor projetar os espaços para atendê-las.

A mais pública de todas é a Praça da Apoteose, quando a passarela se abre num amplo espaço, imaginada por Darcy e Oscar para permitir o " congraçamento dos componentes da escola com o povo que assiste o desfile " . Só funcionou assim uma vez, no ano da inauguração, quando a Mangueira, a última a desfilar e numa de suas melhores apresentações, terminou o desfile e depois voltou, em sentido contrário, com o povão atrás. Depois nunca mais.

Darcy e Oscar desconheciam as nuances e o regulamento dos desfiles, onde tudo é penalizado. Os quesitos que definem a campeã são seguidos à risca. Porisso dizem que o desfile bom é o do sábado pós-carnaval, quando desfilam só as melhores classificadas, aí o samba corre solto.

Hoje descubro no jornal ( caderno de Carnaval do Estadão, inesperadamente bom ) um inusitado problema do Sambódromo carioca :
As arquibancadas tem vãos entre elas, e estes vãos criam uma corrente de vento que atravessa a passarela. Essa ventania, dependendo de sua força, pode .... enrolar a bandeira da escola, fazendo mestre-sala e porta-bandeira perderem importantes pontos na apuração.
O que eles fazem para evitar isso ? Molham a bandeira ! Disseram que a qrande questão é descobrir o ponto certo de encharcamento.
Esses desfiles são profissionais, cada vez mais, muito profissionais.


PS : Para quem quer conhecer a história do carnaval, desde priscas eras até hoje e suas interpretações, siga esse ótimo link : " Breve Cronologia do carnaval no Mundo, no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro . "





12 comentários:

Lord Broken Pottery disse...

E aí, meu caro, já está com a fantasia pronta?
Grande abraço

Anônimo disse...

Caro Lord
Nas pesquisas de campo sócio-antropológicas aplicadas, que fiz durante o longo período em que fui um folião incansável, posso dizer que no período ecarnavascol é quando as pessoas TIRAM a fantasia.
abração

Anônimo disse...

Peri:
No sambódromo do Rio os carros alegóricos entram em "L",é uma ginástica.Em São Paulo os carros entram em linha reta,o que permite organizarem-se várias escolas alinhadas.Nosso sambódromo foi estudado a partir de observações feitas no projeto do Rio.Nossas arquibancadas também foram executadas dentro do mesmo critério.Deveriam no Rio, contratarrrr um arrrquiteto(Peri)carrrrnavalesco,à época.Seria mamão com açucarrrr!

Abraços apreensíveis(Águia...Já..Já...)
Tá na hora.
Fui.

Günther.

Anônimo disse...

O Carnaval cada vez mais profissional, caro e menos popular!Vai acabar sendo estatizado....

Anônimo disse...

oops, Lord : " .... período carnavalesco ... "

Anônimo disse...

Günther
Deixei de comentar sobre esse detalhe da entrada em "L" e da melhoria de projeto do nosso Sambódromo em relação ao carioca, porque o post ia ficar longo.
Aliás no Rio a montagem da escola, tendo que fazer a curva para entrar na avenida não é fácil, inda nais que agora estão usando os carros-alegóricos " treminhões" ( a Beija-Flor usou ontem ) com 50 metros de comprimento. Curioso, aqui já tivemos mais compridos, a Vila Maria fez ano passado um de 120m ( fiz um post à respeito ). Impressionante.

Espero que a Águia tenha se saído bem ontem. Um ótimo post para você começar seu blog, seria com uma foto sua com a fantasia desse ano.

Evoé, Momo!

Anônimo disse...

Eduardo
Semi-estatizado já é, a Prefeitura de SP patrocina as escolas com R$20 milhões ( bom negócio, as simulações indicam que retornam a seus cofres R$50 milhões em impostos gerados pelos desfiles ).
Esse ano a "marolinha" afetou os desfiles, patrocinadores sumiram.No desfile de SP foi visível e comentado pelo pessoal das escolas.

E , sem dúvida, profissional, caro ( apesar da criatividade dos carnavalescos - os que desenham o desfile- que usam materias inacreditávelmente banais para conseguir aqueles maravilhosos efeitos ) e menos popular.

Anônimo disse...

É Peri,
ninguém aprende samba no colégio. Pena que o sambódromo carioca tenha saído assim pois o Darcy era um cara batuta, literalmente viveu, respirou sambistas, índios de inúmeras aldeias, povão Brasil afora... E escreveu lindos trabalhos com aquele espírito livre.
Pô, e o sambódromo do Rio a 400 pilas! Perto disso, em Sampa podíamos cantar assim: "O sambódromo a 15 é do povo..." Putz grila! Bjs
No Rio, têm os bloquinhos, em Recife e Olinda: free.

Anônimo disse...

Sibila

- Samba só se aprende nas quebradas do mundareo.
- Darcy, um adorável visionário.
- 400 pilas! democracia sambística só no Anhembi mesmo.
E o preço das mortalhas naquele hoje estranho carnaval bahiano ?

Anônimo disse...

oops " ... mundaréu ..."

Ví Leardi disse...

Muito interessante...Sapucaí,inesquecível!

peri s.c. disse...

Vi
Sapucaí, não deixa de ser um templo.