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18.2.08

Do caderno de recortes esparsos


...entira. " Como toda arte é uma ficção, é privilégio do artista criar a suprema ficção, a suprema mentira que, paradoxalmente, revela a suprema verdade". A mímes..


Damian Pettigrew é um cineasta canadense que fez o documentário " Sou um grande mentiroso " sobre Fellini, a quem foi apresentado por Ítalo Calvino. A íntegra desta entrevista, feita por Luiz Zanin Oricchio e a análise do filme, por Inácio Araújo, neste link , que trouxe de volta o recorte a seu contexto original . Alguém aí tem uma cópia deste filme ?


22 comentários:

Anônimo disse...

a frase é demais. sinto, toda vez que acho que chego perto da verdade, qualquer uma que faça sentido, que ela não é tão imaculada assim, tão pura, e tão definitiva como havia dito.
anna

Anônimo disse...

uma série de mentiras pode produzir, ao final, uma verdade absoluta? existe verdade absoluta? ou não seria a verdade, 'verdadeira' só para alguns? a verdade e amentira dependem do ponto de vista, não?

Anônimo disse...

Anna e Marcio
Provavelmente postarei aqui várias respostas, hoje, amanhã, depois. Esse pequeno recorte merece seguidas releituras e tentativas de compreensões.
Não esqueçamos que são citados dois magníficos autores em suas áreas que dominavam com maestria suas ferramentas de produção, Calvino e Fellini, este para mim o mais delirante diretor do cinema.

A primeira imagem, imediata, que me veio à cabeça para explicá-lo, foi uma caricatura.
A suprema caricatura de uma pessoa - a ficção absoluta - é a que revela a suprema verdade física-psicológica-fatual dessa pessoa.
aceitável ?

anna disse...

perfeitamente!

José Louro disse...

Excelente o post da China.
Concordo com o comentário sobre a caricatura. Normalmente a imagem crítica é muito mais poderosa que o texto.

Aninha Pontes disse...

A distância entre a mentira e a verdade é tão pequena, que as vezes uma toma o lugar da outra.
Basta que se creia na mentira, e ela se tornará verdade.
Vejo muito isso.
Um beijo.

Anônimo disse...

Obrigado, José.
Hoje mal distinguimos os limites entre a realidade e a ficção.

Anônimo disse...

Aninha
Respondi ao José antes de " entrar" teu comentário.
Acho que a resposta que dei a ele, coincidentente é a mesma que daria á você.
beijo

Anônimo disse...

Não creio que toda arte seja ficção e muito menos que toda ficção possa virar arte, mentira e verdade são irmãs gêmeas idênticas com diversidade de código genético.
Limites?
noite linda Peri
beijos

Anônimo disse...

Peri,

concordo com sua comparação da CARICATURA!
Não tenho cópia de nenhum filme. Nem dos meus!


C;-))

Anônimo disse...

Marcia (C)
Qualquer arte tem a visão do autor, aí vira ficção. Este raciocínio deixa a brecha que a vida real ( humana ) não existe, não passa de uma sobreposição de visões ( ficções ).

Humm , nada mal para começar a semana.
Limites? Não são uma invenção auto-preservante? Uma grande ficção?
A noite está tão quente, chove lá fora. ( ficção meteorológica, por enquanto parou de chover )

bjs

Anônimo disse...

Eduardo
Cópia de seus filmes ? Então você já foi também cineasta ?

abç

Anônimo disse...

Peri,

como assistente de direção do Ozualdo Candeias,num episódio de um longa( 35mm), e uma série de curtas como fotógrafo e Diretor. Fiz ainda a fotografia de um curta, sob direção do Olivier Perroy, que fotografou outro sob minha direção.
Os curtas em 16mm.
Participei do Festival de Cinema JB, de cinema AMADOR.

Coisas de um pasasado remoto!

Anônimo disse...

Eduardo
Ozualdo e Olivier, ótimas companhias...parabéns.
e o Festival do JB marcou época, não ?
abçs

Anônimo disse...

Era um festival importante, na época! Só não ganhou meu filme ( de longe o melhor do festival) por razões ideológicas! "LIBERDADE DE PÉ" era o nome.P&B e sonorizado!

Anônimo disse...

Eduardo
Razões ideológicas ? então já existiram ideologias nesse país ? talvez até partidos políticos de verdade ? que coisa estranha...

Acho o cinema a mais complexa e abrangente das artes, um amálgama de todas as outras, se bem realizado, óbvio.

jayme disse...

O que o Tostão está fazendo nessa matéria?

Anônimo disse...

Jayme

Fellini levava tão à sério a criação da ficção absoluta, que chegou a metamorfosear-se em Tostão, seu jogador preferido em nossa seleção de 70. A foto é desta época.
Enganou muita gente em Cinecittà e na Vias Veneto.
Tentou que Marcello Mastroiani se caracterizasse como Paulo Cesar Caju, sem sucesso

Anônimo disse...

Peri,

da mesma maneira que o Jayme, a primeira coisa que "me saltou aos olhos" foi a imagem do Tostão.
A propósito, Tostão, nessa matéria, é mentira, fição, verdade, ou tudo junto?

Beijo da

Vivina.

Anônimo disse...

Vivina
Vale então para você a mesma resposta que dei para o Jayme. eh, eh

Mas realmente é curiosa essa semelhança ( sincronicidades : no preciso momento que escrevo aqui, o Tostão faz seu comentário esportivo no rádio ).
beijo

Anônimo disse...

A propósito, tenho plena certeza que Fellini "não filmava sem câmera"! Já Tostão! Era lindo vê-lo jogar "sem a bola" cavocando os espaços da cena, sublinhando a legenda do gol. Como diria o Millor, Bons tempos, hein!.

Anônimo disse...

Ery
Tstão jogando sem bola, a prova da ficção absoluta, o jogador que prescinde da bola.
Bons tenpos mesmo, hoje eles se atrapalham com a bola.