taí uma personagem da qual nunca consegui gostar, e não sei por quê.
me refestelava com tudo da Warner, fã de carteirinha do que saía de Hanna e Barbera, fissurado por Tom & Jerry, até do Jambo e Ruivão gostava; mas o Pica-pau, com o perdão da má palavra, não de descia pela goela - se fosse só o Zeca Urubu e o Leôncio talvez, mas quanto ao dito cujo de topete vermelho, só fazendo análise.
Boczon, éramos rosados e fofinhos pimpolhos, com cabelinho cortado " à americano" e topete com Glostora, e não tínhamos, além de outras opções televisivas ( Pullman Jr ? ), o menor senso crítico ( por exemplo, nessa tenra idade ainda acreditávamos que o Brasil era o país do futuro ). De qualquer forma, salvo raras excessões, os " bandidos" , que sempre levavam na rosqueta, tinham minha maior simpatia, no caso o urubu e a morsa.
Peri, Embora não fosse muito fã de desenho animado, acabava saindo no tapa com meu irmão que queria assistir, gostava do Pica-Pau. Naquele tempo eu preferia os seriados: Bonanza, Big Valley, Laredo, Cheyene, Rota 66, Bat Masterson, Rin Tin Tin, Lassie, Papai Sabe Tudo. Bons tempos. Abração
Lord, todos esses seriados passavam em horário "nobre", eram o filé-mignon do dia. Rota 66 mereceria ainda hoje uma atenção especial, não sabíamos o que era a tal rota.
Correção, um dia aprendo, na resposta ao Boczon : exceção, pombas.
Peri, somos contemporâneos então, mas essa minha crítica não é de agora não, desde aquela época não gostava do bicho, e reitero, não sei o por quê dessa aversão.
Engraçado que praticamente não havia ninguém totalmente "bonzinho" nos desenhos da época, todos tinham um pé na lei de Gerson, e os que zelavam pela ética (como o guarda Belo, o Bóbi filho, o Sr. Peebles...) sempre eram retratados como uns chatos de galocha, que só tinham reconhecimento no fim do episódio.
Claro que os super-heróis clássicos são uma categoria pouco espessa à parte, mas a tentação de torcer pelo vilão estava sempre presente.
Boczon, a base dos desenhos era o desentendimento entre o "bem" e o " mal". Li faz muito tempo, vou dar uma reolhada, o livro do Alvaro de Moya, Shazam! onde ele analisa a criação dos Superheróis no contexto dos ideários americanos.Não lembro se chegava nos desenhos animados. E, claro, não gostávamos dos chato-de-galocha dos bonzinhos. Meus bandidos preferidos, memória rápida, foram o Lex Luthor e todos os do Batman ( principalmente naquele seriado hilário da TV). Ótimos.
E, Boczon, sucesso em tua exposição, comentei à respeito lá no Varal de Idéias.
não gostava muito do pica-pau. não gosto muito de protagonista aparentemente do bem, mas sacana como o ratinho (tom ou jerry, sei lá). não me lembro muito bem que outros desenhos gostava. lembro-me das séries como combate e dr. kildare, que faziam a alegria de minha mãe.
Peri, de vez e quando ainda rio com o pica pau. Malvado como ele só. Repetitivo e malvado. Bom prá caramba! Hey, Dr. Kildare eu também assistí e os outros seriados todos,além de Perdidos no Espaço. Bala? Drops Dulcora, claro! Abraço forte
Valter, bom prá caramba e trabalhoso, para cada segundo de desenho animado que você assiste são necessários 12 desenhos , numa época onde não existiam computadores e outras trucagens eletrônicas.
Peri, o Claudio nessa foi derrotado . A maioria, gostava do pica-pau, e pronto. Você tem razão os desenhos de 40/50 eram MUITO melhores em tudo, e feitos, como diz, na unha! Sem computador e outras facilidades de hoje! E não é saudosismo babaca. É real.
Um amigo meu, fazia desenho animado, basicamente para publicidade, aqui no Bananão, virando noites e noites de trabalho insano e ganhando uma merreca. Enfiou o portfólio embaixo do suvaco, pegou um avião e foi para o Canadá com 2 endereços de estudios no bolso. Foi contratado na primeira entrevista, hoje é diretor da empresa, só configura os trabalhos e manda desenhá-los na Coréia, é muito mais barato. Globalização artística.
Peri, e tem muito brasileiro, que só não vira estrela lá fora, porque não tem essa coragem do seu amigo. Gostei de saber. E não tenho dúvidas do talento da nossa moçada!
Eduardo, quer mais um exemplo? Os dois filhos gêmeos de um amicíssimo meu, que lá pelos 12 anos de idade começaram a falar em desenhar carros. Como sou da da área, tive calafrios por saber das dificuldades que enfrentariam. Dei algumas modestas contribuições e muito incentivo. E hoje com 28 anos de idade, estão na Alemanha, na Volks, e são "linha de frente" do stúdio de design. O Fox, o SpaceFox e o Golf recém-lançado aqui é projeto de um, o outro acabou de terminar o novo Golf ( que será só para o mercado europeu ). E isso num mercado extremamente competitivo, só realmente os melhores do mundo estão lá,
19 comentários:
taí uma personagem da qual nunca consegui gostar, e não sei por quê.
me refestelava com tudo da Warner, fã de carteirinha do que saía de Hanna e Barbera, fissurado por Tom & Jerry, até do Jambo e Ruivão gostava; mas o Pica-pau, com o perdão da má palavra, não de descia pela goela - se fosse só o Zeca Urubu e o Leôncio talvez, mas quanto ao dito cujo de topete vermelho, só fazendo análise.
e pior, me preocupar com isso...
Peri, eu ao contrario do Claudio, gostava muito dele. Talvez seja coisa de gerações! Ele era o primeiro e único naquele tempo. Boas lembranças.Abçs
Boczon, éramos rosados e fofinhos pimpolhos, com cabelinho cortado " à americano" e topete com Glostora, e não tínhamos, além de outras opções televisivas ( Pullman Jr ? ), o menor senso crítico ( por exemplo, nessa tenra idade ainda acreditávamos que o Brasil era o país do futuro ). De qualquer forma, salvo raras excessões, os " bandidos" , que sempre levavam na rosqueta, tinham minha maior simpatia, no caso o urubu e a morsa.
Eduardo, são desenhos das décadas de 40 e 50 e acho muuuuuito melhores que essas babaquices japonesas que passam por aí.
Peri,
Embora não fosse muito fã de desenho animado, acabava saindo no tapa com meu irmão que queria assistir, gostava do Pica-Pau. Naquele tempo eu preferia os seriados: Bonanza, Big Valley, Laredo, Cheyene, Rota 66, Bat Masterson, Rin Tin Tin, Lassie, Papai Sabe Tudo. Bons tempos.
Abração
Lord, todos esses seriados passavam em horário "nobre", eram o filé-mignon do dia.
Rota 66 mereceria ainda hoje uma atenção especial, não sabíamos o que era a tal rota.
Correção, um dia aprendo, na resposta ao Boczon : exceção, pombas.
tô sorrindo e relembrando..bom, muito bom!
Ana,agorapouco à noite, zapeando: tava lá, passando na Record! Mais resistente que o Chaves.
Peri, somos contemporâneos então, mas essa minha crítica não é de agora não, desde aquela época não gostava do bicho, e reitero, não sei o por quê dessa aversão.
Engraçado que praticamente não havia ninguém totalmente "bonzinho" nos desenhos da época, todos tinham um pé na lei de Gerson, e os que zelavam pela ética (como o guarda Belo, o Bóbi filho, o Sr. Peebles...) sempre eram retratados como uns chatos de galocha, que só tinham reconhecimento no fim do episódio.
Claro que os super-heróis clássicos são uma categoria pouco espessa à parte, mas a tentação de torcer pelo vilão estava sempre presente.
Boczon, a base dos desenhos era o desentendimento entre o "bem" e o " mal". Li faz muito tempo, vou dar uma reolhada, o livro do Alvaro de Moya, Shazam! onde ele analisa a criação dos Superheróis no contexto dos ideários americanos.Não lembro se chegava nos desenhos animados.
E, claro, não gostávamos dos chato-de-galocha dos bonzinhos. Meus bandidos preferidos, memória rápida, foram o Lex Luthor e todos os do Batman ( principalmente naquele seriado hilário da TV). Ótimos.
E, Boczon, sucesso em tua exposição, comentei à respeito lá no Varal de Idéias.
não gostava muito do pica-pau. não gosto muito de protagonista aparentemente do bem, mas sacana como o ratinho (tom ou jerry, sei lá).
não me lembro muito bem que outros desenhos gostava. lembro-me das séries como combate e dr. kildare, que faziam a alegria de minha mãe.
Dr. Kildare fazia nossas mães ficarem com vontade de baixar no hospital
Peri, de vez e quando ainda rio com o pica pau. Malvado como ele só. Repetitivo e malvado. Bom prá caramba!
Hey, Dr. Kildare eu também assistí e os outros seriados todos,além de Perdidos no Espaço. Bala? Drops Dulcora, claro!
Abraço forte
Valter, bom prá caramba e trabalhoso, para cada segundo de desenho animado que você assiste são necessários 12 desenhos , numa época onde não existiam computadores e outras trucagens eletrônicas.
Peri, o Claudio nessa foi derrotado . A maioria, gostava do pica-pau, e pronto. Você tem razão os desenhos de 40/50 eram MUITO melhores em tudo, e feitos, como diz, na unha! Sem computador e outras facilidades de hoje! E não é saudosismo babaca. É real.
Eduardo, apenas uma saudável troca de opiniões.
Um amigo meu, fazia desenho animado, basicamente para publicidade, aqui no Bananão, virando noites e noites de trabalho insano e ganhando uma merreca. Enfiou o portfólio embaixo do suvaco, pegou um avião e foi para o Canadá com 2 endereços de estudios no bolso. Foi contratado na primeira entrevista, hoje é diretor da empresa, só configura os trabalhos e manda desenhá-los na Coréia, é muito mais barato. Globalização artística.
Peri, e tem muito brasileiro, que só não vira estrela lá fora, porque não tem essa coragem do seu amigo. Gostei de saber. E não tenho dúvidas do talento da nossa moçada!
Eduardo, quer mais um exemplo?
Os dois filhos gêmeos de um amicíssimo meu, que lá pelos 12 anos de idade começaram a falar em desenhar carros. Como sou da da área, tive calafrios por saber das dificuldades que enfrentariam. Dei algumas modestas contribuições e muito incentivo. E hoje com 28 anos de idade, estão na Alemanha, na Volks, e são "linha de frente" do stúdio de design. O Fox, o SpaceFox e o Golf recém-lançado aqui é projeto de um, o outro acabou de terminar o novo Golf ( que será só para o mercado europeu ). E isso num mercado extremamente competitivo, só realmente os melhores do mundo estão lá,
o cupim na escrivaninha do pica-pau presidente era o apontador dele.
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acho que dos seriados os que mais eu gostava era dos detetives (todos) e persuaders. a tv já era colorida nessa época?
abs peri.
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